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sábado, 17 de setembro de 2011

Leite Lopes, o grande aeroporto caipira; - Jornal A cidade.


Todo mundo quer mudar alguma coisa no aeroporto de Ribeirão, a joia entre os terminais do Estado.


Um caipira que cogita ser internacional. Ou que é alvo dessa pretensão. Enquanto políticos, empresários e Ministério Público discutem o que fazer com o Leite Lopes, o aeroporto de Ribeirão Preto segue pequeno para o público cada vez maior que o utiliza, dá conta do recado e é o que menos dá prejuízo ao Estado. Por esses resultados é visto como o primeiro da lista a ser concedido à iniciativa privada, assim que o governo decidir qual modelo de licitação adotar.
Ninguém está alheio ao destino do Leite Lopes, a começar pelos vizinhos, como José Ivan de Moraes, motorista de ônibus, que há 30 anos usa o entorno do terminal como pista de exercício. "Se ele ampliar, vai empregar mais gente aqui da região, sem contar que força a saída das favelas ali atrás", comenta.
Os passageiros também discutem o destino do terminal. "Não tenho vergonha do aeroporto, mas faço críticas. Tem de aumentar e melhorar o padrão das informações", aponta a representante comercial Marina Borges, de Ribeirão.
No saguão ampliado e entregue em 2010 - e ainda apertado e quente-, eles aguardam sentados sem nem ao menos uma tela de informação dos horários dos voos. "Eles perguntam toda hora aonde ir e a que horas entrar para o embarque", reclama a atendente de uma companhia.
Quem espera tem pouca opção também de passatempo. Há um único ponto de venda de lanches, salgados e café, que expõe os jornais do dia, revistas e livros blockbuster, como os de autoajuda. "Olha, achei minha filha aqui", mostra a autônoma Regina Arantes, de São Sebastião do Paraíso-MG, com uma revista em mãos. Ela passa pelo local duas vezes por mês para visitar a filha, atriz de Malhação que mora no Rio de Janeiro, ou o filho que trabalha em Brasília.
"O banheiro é limpo e sempre acho uma cadeira no saguão, mas esse aeroporto é pequeno, para o porte de Ribeirão. Mesmo assim, já está bem melhor que há dois anos", opina.

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