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terça-feira, 1 de março de 2011

Com Azul, cresce disputa entre aéreas

Folha Ribeirão 
Empresa inicia hoje suas operações no Leite Lopes com voos para Campinas e traslado de ônibus para a capital

Passagens mais baratas e rotas regionais são os instrumentos das companhias aéreas, afirma especialista 



                                           Edson Silva/Folhapress


Passageiros nos balcões de embarque das companhias aéreas Webjet e Azul, que inicia hoje operações no Leite Lopes 

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO 

A disputa das empresas de aviação por passageiros no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, ganha hoje novo reforço com o início das operações da Azul Linhas Aéreas.
A empresa tem dois anos de operação e já é a terceira maior do país, atrás apenas da TAM e Gol. Porém, a estratégia é a mesma das concorrentes: passagens mais baratas e rotas regionais.
Além da Azul, operam no Leite Lopes TAM, Webjet, Passaredo, Trip e Pantanal.
As tarifas mais baixas cobradas do aeroporto de Ribeirão passam a ser as promocionais da Webjet (R$ 9) e as da Azul (R$ 29,90).
Com cinco voos diários (de segunda a sexta) e três aos sábados e domingos, a Azul começa a operar no Leite Lopes com o trecho Ribeirão-Campinas, e conexão de lá para outros 15 destinos.
As tarifas promocionais da Azul vão custar até R$ 49,90, desde que a compra seja feita de forma antecipada, e incluem o traslado de ônibus até São Paulo. Os aviões da empresa aérea são os turboélices ATR 72-200.
A principal concorrente da Azul, a Webjet, oferece voos a partir de R$ 9 para sete capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Rio e São Paulo.
Já a TAM oferece passagens a partir de R$ 49 para São Paulo. A Trip opera diversos destinos regionais, como Uberlândia (MG).

TENDÊNCIA
"A característica low cost [baixo custo] é comum a todas as companhias e principal instrumento para a concorrência", disse o professor de ciências econômicas e pesquisador da PUC-Campinas, Josmar Cappa.
Segundo ele, o baixo custo e a aviação regional são movimentos irreversíveis.
"A inflação estável, o aumento da renda do brasileiro e o maior poder aquisitivo, aliado ao crescimento econômico, levaram a esse cenário, do aumento da aviação no Brasil", disse.
Segundo o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que administra o Leite Lopes, somente em janeiro foram transportados 96.963 passageiros, um recorde histórico para qualquer mês do ano.
Cappa disse, porém, que um problema a ser enfrentado com o aumento é a capacidade física dos aeroportos.
Segundo o Daesp, em 2010 passaram pelo aeroporto de Ribeirão Preto 677.768 pessoas. O terminal é o maior em número de passageiros administrados pelo Estado e opera acima da capacidade.
"Esse movimento já ocorreu no aeroporto de Viracopos, em Campinas, que não tinha característica para transporte de passageiros, e agora está com 5 milhões de passageiros por ano", disse.


E EU COM ISSO? 
CONCORRÊNCIA GERA TARIFA MAIS BARATA 

A disputa entre as empresas de aviação que operam no aeroporto Leite Lopes poderão oferecer tarifas mais baixas e melhores serviços aos usuários. Para o professor da PUC-Campinas Josmar Cappa, com a Azul atuando em Ribeirão Preto, a tendência é que haja mais redução nos valores das tarifas.



Estrutura não acompanha crescimento 

DE RIBEIRÃO PRETO 

O crescimento verificado no aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, porém, é prejudicado pela falta de estrutura. Ontem de manhã, por causa da chuva, o aeroporto fechou por 35 minutos.
A falta de visibilidade impediu os aviões de pousar e decolar. O voo 5704 da Webjet, previsto para sair às 8h25, atrasou. O avião só decolou por volta das 9h, segundo informou o Daesp.
O terminal também é pequeno para a quantidade de passageiros. Um pedido de ampliação ao governo do Estado está em tramitação, além da construção de um novo pátio para manobra.
Segundo apurou a Folha, a intenção é que o pátio possa abrigar até 18 aeronaves simultaneamente.
A assessoria do Daesp não informou sobre os planos de ampliação. (VBF)



Ampliar Leite Lopes é viável, diz Alckmin

DE RIBEIRÃO PRETO 

O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem de manhã, em Franca, que há viabilidade técnica para ampliar a pista do aeroporto Leite Lopes.
A declaração foi feita durante a inauguração do AME (Ambulatório de Especialidades Médicas) de Franca.
Ele disse que pediu ao secretário de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, para procurar o Ministério Público e negociar a permissão da ampliação.
Uma decisão judicial de 2008 veta a ampliação da pista, o que é considerado fundamental para que o aeroporto se torne internacional.
"Nós entendemos que não haverá nenhum prejuízo à população [com a ampliação]. Vamos levar argumentos técnicos para rever a decisão anterior que nos permita a ampliação em 300 metros."
Alckmin anunciou ainda que até a próxima sexta-feira deverá ser publicado o edital para adequação da área interna e realização do "grooving" (ranhuras na pista).
As obras devem começar em abril, juntamente com as de sinalização da pista. (JC) 



Prefeita fala em complô contra aeroporto

DE RIBEIRÃO PRETO 

A prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera (DEM), afirmou ontem, durante evento sobre a situação do aeroporto, que "alguém ou algum órgão" tenta inviabilizar a internacionalização do Leite Lopes.
Sem dizer de quem é o plano, ela afirmou: "Seja para privatizar ou vender a preço de banana, querem enfraquecer o Leite Lopes".
A prefeita fez as afirmações após elencar uma série de críticas ao Daesp, órgão que administra o aeroporto de Ribeirão Preto.
Antes, ela também havia tentado arrancar críticas ao departamento do assessor de diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Dorieldo Luiz dos Prazeres, que evitou se posicionar contra o órgão estadual.
O Daesp foi convidado a participar do debate, segundo Márcio Santiago, presidente do Convention Bureau, organizador do evento, mas não mandou representante porque está sem presidente.
Políticos e técnicos presentes ao evento farão carta de reivindicações a ser apresentada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).



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