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domingo, 19 de dezembro de 2010

Apesar de ampliação e reforma aeroporto continua com problemas.

Após passar por uma pequena ampliação e de uma grande maquiagem o aeroporto de Ribeirão Preto continua com sérios problemas para os usuários.  
O Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria dos Transporte e do DAESP entregou no 2º semestre de 2010 uma pequena ampliação e uma grande “maquiagem” no aeroporto Leite Lopes. Apesar do investimento feito inúmeros problemas não foram solucionados e o pior de tudo problemas futuros não foram previstos.
Será que os Sr. Sergio Augusto de Arruda Camargo ou o Sr. Alvaro Cardoso Junior, respectivamente Superintendente do DAESP e administrador do Aeroporto não conhecem a situação do terminal? Eu teria vergonha de inaugurar uma obra como esta. Vou listar alguns dos problemas que poderiam ser resolvido facilmente se houvesse vontade, competência, experiência e o principal disposição em buscar melhorias. Acho que infelizmente estas não são características destes agentes públicos ou será que eles não conhecem ou não utilizam o aeroporto. Eu pessoalmente acho que eles simplesmente fingem que não enxergam os problemas, o problema do setor estatal é a falta de metas claras e padrão de qualidade dos serviços.
PROBLEMAS:
CAPACIDADE OPERACIONAL:
O terminal apesar da ampliação já está saturado. O novo prédio foi construído para atender 500 mil usuários ano. De janeiro a novembro passaram pelo terminal 600 mil passageiros. A pergunta que não cala, pelo menos pra mim, é que como alguém amplia um aeroporto de uma cidade como Ribeirão Preto que durante longos anos foi esquecido pela administração e quando resolve-se ampliar as instalações se faz abaixo da capacidade?
A ampliação poderia pelo menos ter previsto espaço para novas cias aéreas que tenham interesse de operar na cidade. Já que 2 das 3 maiores empresas do Brasil AZUL e GOL não operam em Ribeirão Preto ainda. Com certeza a cidade é um mercado que estas um dia podem vir a explorar.
AUSÊNCIA DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VOOS:
O terminal recebe diariamente 43 decolagens e 43 pousos de aeronaves comerciais. Não existe como em quase todos os aeroportos do mundo um sistema simples de disponibilização através de televisores dos voos que partem e chegam ao aeroporto. O usuário tem que enfrentar fila, depender da boa vontade dos funcionários do DAESP para obter informação dos voos que estão chegando ou partindo.

SISTEMA DE SOM FALHO:
Como inexiste o sistema de informação de vôos o mínimo que se espera é que o sistema de som do terminal seja eficiente. Infelizmente não é o que acontece, na sala de embarque são 3 portões, quem está próximo ao portão 3 não ouve o que o funcionário está falando. Experiência própria eu mesmo sábado não ouvi nada do que o funcionário falou que tinha mudado o portão de embarque. O funcionário da Passaredo anunciou um vôo que não deu pra entender nada porque o som simplesmente não funcionava direito. Uma vergonha outro dia vi uma senhora brigando na WEBJET que não ouviu o voo e acabou perdendo o embarque. Eu achei que poderia ser displicência da passageira, mas depois de embarcar neste sábado vi que é falta de competência do DAESP e a Sra. perdeu o vôo simplesmente porque não ouviu chamar o voo.  

Banheiros:
Os banheiros são pequenos, sujos e inapropriados. Na saguão de embarque só há um banheiro masculino e um feminino que também é utilizado pelos funcionários do aeroporto que não contam com banheiros nem área privativas para descanso. Alias esta é uma das grandes reclamações dos funcionários do terminal, falta de cozinha de uma sala de um local para descanso.

Cobertura da MARQUISE:
A cobertura do aeroporto poderia ter sido feita de forma que quando estiver chovendo os passageiros ao embarcar nos carros que os buscam ou os levam não se molhem. Por incrível que pareça a cobertura termina exatamente no meio fio da calcada do terminal servindo somente de enfeite.
A mesma coisa acontece no setor de desembarque quando o único ônibus que leva passageiros as aeronaves faz o percurso ele para longe da sala de desembarque o que faz com que o passageiro tenha que caminhas na chuva.

FALTA DE ÔNIBUS PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE:
Outro problema que existe no terminal é a falta de ônibus para embarque dos passageiros. Existe um único ônibus que está no aeroporto acho que a mais de 15 anos. Este equipamento foi reformado pela PASSAREDO que é a empresa que possui maior quantidade de voos no aeroporto. O ônibus é utilizado pelas 5 empresas que operam no terminal. O problema é que em alguns horários há 5 ou 6 embarques ou desembarques simultâneos. O resultado pode ser um só demora, constrangimento dos funcionários e irritação do passageiro. Hoje ao desembarcar pela WEBJET estava chovendo e outros 3 voos da Passaredo estavam em processo de embarque ou desembarque ficamos aguardando cerca de 15 minutos dentro da aeronave. A comissária constrangida pediu desculpa porque a infraestrutura do aeroporto era deficitária, lamentável.

Goteiras no terminal:
Apesar da reforma total do telhado do terminal parece que nada foi feito porque as goteiras continuam principalmente na sala de embarque sobre a esteira o que pode vir a danificá-la.
FALTA DE GERADOR:
Como um terminal não tem gerador? Antes da reforma era compreensível porque o terminal era esquecido pela administração.
Áreas públicas externas:
O DAESP contratou uma empresa para cuidar de áreas verdes externas do aeroporto. Acho que o dinheiro não chegou porque a situação do lado de fora do terminal é de completo abandono. A empresa que opera a lanchonete precisa urgentemente contratar contêineres par lixo porque ela está depositando o lixo do lado de fora do terminal o que alem de ficar feio suja toda a aera verde ao seu redor bem próximo a cerca de observação do pátio.

Espaços comerciais e lanchonete:
Existe uma única opção para alimentação do passageiro e somente no saguão principal. Mesma situação ocorre com o quiosque de uma loja de presentes e um de uma papelaria. Para um aeroporto que em 2011 deve beirar 1 milhão de passageiros isto é inaceitável.

Locadoras de Veículos:
Existe somente uma locadora de veículos no terminal a Localiza. Porque não foi planejado outras opções ao passageiro?
Lojas das Cias Aéreas:
Da mesma forma que inexiste mais espaço para novos balcões de check in, não existe mais espaço para novas lojas. A Webjet está usando o espaço que seria destinado a Polícia Militar.
Falta de Segurança:
Nem a Polícia Militar e muito menos a Polícia Federal possuem representantes no terminal apesar de ter sido previsto no projeto espaço para estas instituições.
Sala de desembarque:
Foi instalada apenas uma esteira de redistribuição de bagagem, sendo que em alguns horários até 5 voos desembarcarem simultaneamente.

Sinalização de acesso ao terminal.
Apesar de não ser competência do DAESP a sinalização é inexistente. A TRANSERP se quer coloca uma placa de indicação onde é a entrada do terminal.


Falta de opções de acesso:
O terminal não conta com uma linha de ônibus urbano direto ao centro da cidade. O passageiro que desembarca ou usa taxi ou terá que pegar uma van e desembarcar no meio da avenida Brasil e pegar outro ônibus para o centro.
Estes são apenas alguns dos problemas do terminal do ponto de vista de um usuário. Com certeza quem trabalha lá diariamente sabe dos inúmeros outros problemas. Acho que o único que não os vê é o seu administrador, será que ele trabalha mesmo naquele terminal?
A esperança para os usuários do aeroporto é a mudança de governo. Acredito que tanto o cargo do Administrador quanto do Superintendente sejam cargos de confiança. Espero que o novo governo coloque pessoas mais comprometidas em buscar melhorias urgentes. Não adianta o administrador falar que falta dinheiro porque este fato é mentira, para onde será que vão os valores cobrados nas taxas de embarque, o valor arrecadado do aluguel das lojas?
Apesar de esperar mudanças com o novo governo não vejo possibilidade de mudanças. Eu mesmo já enviei vários e-mails para o superintendente e para o administrador perguntando destas melhorias e tudo está em fase de estudos. Alias falaram na imprensa esta semana que uma possível nova ampliação só depois de 2011, porque vão analisar a demanda. A demanda está ai bem acima da capacidade precisa de peito e vontade política para colocar em prática tudo isto.
O Brasil enfrenta sérios problemas de infraestrutura aeroportuária por falta de uma gestão mais profissional da INFRAERO. Mas acredito que se o aeroporto de Ribeirão fosse de competência deste órgão não seria esta vergonha que é hoje. É lastimável almejar  um “padrão” Infraero que já é bem ruim e inadequado para um terminal como o de Ribeirão Preto que tem a “falta de padrão” do DAESP. Mas seria 100x melhor um aeroporto administrado pela Infraero do que um aeroporto largado pelo DAESP.
Acho que o maior problema é que as pessoas que administram inúmeros dos setores da infraestrutura brasileira nunca abriram a Constituição da República de 1988. La constam alguns dos princípios básicos para o administrador público seguir como o da EFICIÊNCIA e o da FINALIDADE. Do jeito que o terminal está hoje ele não é eficiente e não atinge sua finalidade que atender bem o usuário que PAGA para isto.
A maquiagem no terminal ficou até que bonitinha, mas não atinge sua finalidade.


Falta de espaço para novas lojas das empresas. 
A Webjet utiliza um espaço que seria destinado a PM.

O interior do ônibus que faz o transporte dos passageiros no aeroporo.
Alem de todo molhado bem sujo.

Se a idéia do ônibus é evitar que o passageiro se molhe isto não ocorre em Ribeirão Porque o ônibus para a uns 10 metros da entrada da sala de desembarque.


 Interior do único ônibus bem pequeno para o desembarque de um 737.


Goteira na sala de desembarque bem em cima da esteira.

As modestas instalações do Leite Lopes.

 Entrada da sala de embarque.

 A única esteira da sala de desembarque.
REPOSTAGEM DA FOLHA DE SÃO PAULO 19/12/2010
OUTRO LADOProblemas serão corrigidos até 2011, diz Daesp
O diretor regional do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Álvaro Cardoso Júnior, disse que a maioria das falhas apontadas por usuários deve ser corrigida ao longo do ano que vem.
Em janeiro, deve ser concluída a instalação do ar-condicionado, que está em fase de testes -daí, segundo Cardoso Júnior, a impressão de que nem sempre funciona.
Sobre a falta de praça de alimentação, o diretor diz que ainda não há estrutura sanitária para mais de uma lanchonete e que isso ainda não mudará em 2011.
O diretor disse não entender a razão da falta d'água. Na semana passada, segundo ele, a rede pública não forneceu água e foi necessário usar só a do poço do aeroporto. O Daerp diz desconhecer a falha, mas fala que o terminal pode recorrer ao poço.
Sobre os cortes de energia, a CPFL Paulista diz que tem realizado inspeções e que não identificou interrupções de energia, mas que presta apoio técnico.
A instalação de mais assentos, de tomadas e até de um monitor de TV para pousos e decolagens, segundo o Daesp, está em estudo e deverá ser feita em 2011. Também serão ampliadas em 50% as 400 vagas do estacionamento privado.
O trânsito provoca um jogo de "empurra-empurra". A prefeitura diz que a fiscalização cabe à PM. Já o capitão Anderson Navarrete, da PM, afirma que a atribuição é do município e que os policiais podem prestar apoio. Porém, falta efetivo

Um comentário:

  1. Pouca vergonha, uma cidade do porte de Rib. Preto ter um terminal aeroportuário que prejudica o desenvolvimento da cidade e também de toda a região que se serve do aeroporto.

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